Grande Prémio de Conto «Camilo Castelo Branco» 2006 Paulo Kellerman sabe, como ninguém, dosear os sentimentos, por vezes desencontrados, que nascem da leitura dos seus contos. Seria fácil adjectivá-lo como um escritor contido, portanto. Só que, da sua escrita, emergem olhares, gestos, palavras, solidariedades e crueldades que se entrecruzam num verdadeiro jogo de paixão literária que assola o criador de contos - porque é de contos que se trata - e onde o Paulo trabalha com extremo prazer que o leitor facilmente adivinha tornando-se cúmplice e personagem. Apetece perguntar por que mar de silêncio tem andado este escritor?