Miguel-Manso tão depressa se passeia nas proximidades do sublime como se afasta da noção faustosa de æliteraturaÆ. Ele quer, confessa, uma poesia para a qual se vai a pé. Uma poesia æbeatÆ, capaz de citar clássicos quinhentistas e de dedicar odes à nicotina. Uma poesia sem distâncias, acrobática mas demótica, à Assis Pacheco. Não é um facto assim tão comum, um poeta com vocação de poeta.